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Nota da editora: A Profa. Denise mandou para a sala uma sugestão de leitura de uma entrevista com o linguista Ataliba Teixeira de Castro. O que se segue abaixo é um pequeno resumo escrito por mim, Nadine, do texto que fala sobre a língua falada e a liberdade que Ataliba presa no país.
“Ao se esforçarem para que as pessoas obedeçam às regras, os gramáticos não viram que estavam dando um cala-boca no cidadão brasileiro”, diz o linguista. Essa frase é um belo jeito de ter uma ideia de como Ataliba vê a língua falada, de um modo que não a exclui e não a tem como algo errado, assim como diz a Gramática Normativa.
Castilho foi o precursor de uma abordagem multissistêmica da língua, introduzida no Projeto para o Português Brasileiro, um método de análise segundo o qual qualquer expressão linguística mobiliza simultaneamente quatro sistemas (léxico, gramática, semântica e discurso), que deveriam ser vistos de modo integrado.
O Projeto registra variações do idioma, reconstituindo e analisando a história do Português, tentando entender se o que falamos hoje é vindo apenas do Português tradicional ou algo "inventado" pelos falantes. Ele cita um exemplo visto em redes sociais recentemente, o uso do plural no pronome "que", em "ques pessoas?". Ele tenta documentar como tal fenômeno poderia ser explicado e como a mudança do idioma cria outras regras.
Essas e outras informações serão encontradas ao longo do texto, como: opiniões sobre a língua, curiosidades sobre a variação linguística regional, o porquê de se ensinar o Português de um modo tão "engessado", a mudança no jeito de se ensinar a língua e outros projetos do linguista.
Essa entrevista fala sobre uma visão mais ampla da língua que foge dos preceitos de que há certo ou errado na língua. Este conceito é muito semelhante à algumas coisas que temos visto em sala e é um complemento perfeito para expandir os horizontes sobre as ideias de constante evolução da sociedade e como a língua a acompanha. Você pode ler o texto clicando aqui.
(Nadine Amaral Oliveira)
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