Vídeo: Como a linguagem modela nosso modo de pensar

| 0 comentários

Nota da editora: Nossos queridos amigos do grupo Sausserious mandaram para a edição um incrível vídeo sobre como a linguagem modela nosso pensamento e o quanto isso é importante, e está imperdível! Você pode ativar as legendas em Português na engrenagem que fica na barra de ferramentas. Enjoy it!
Descrição do vídeo traduzida
Existem mais ou menos sete mil línguas no mundo - e todas elas possuem diferentes sons, vocábulos e estruturas. Mas elas modelam o modo como pensamos? A cientista Lera Boroditsky compartilha exemplos do uso de línguas - desde comunidades aborígenes na Austrália até a maneira como categorizam a cor azul em Russo -  que sugerem que a resposta para esta pergunta é sim. "A beleza da diversidade linguística é o que nos revela o quão engenhosa e flexível é a mente humana", Boroditsky diz. "O cérebro humano não inventou um universo cognitivo, mas sim sete mil."

Uma indicação do grupo Sausserious, composto por:
Daiana Oliveira
Felipe Barreto
Giovanna Foglia
Júlia França
Lorhara Domingues

Resumo II: Dicotomias do Estruturalismo de Saussure

| 0 comentários
Resultado de imagem para ferdinand de saussure quotes
"Sem a linguagem, o pensamento é uma nebulosa vaga e inexplorada." - Ferdinand de Saussure
(YouTube)

Nota da editora: Neste resumo da aula do dia 06/09, a Andressa nos introduz à algumas dicotomias relacionadas ao Estruturalismo de Ferdinand de Saussure, contando com conceitos básicos vistos em sala. PS: Há uma lacuna entre o primeiro resumo e esse, pois uma das alunas não pôde entregar o resumo que seria da aula do dia 23/08, por motivos de saúde.

Após uma breve revisão sobre a dicotomia significante e significado, demos início ao estudo da linearidade do signo linguístico.

Todo signo linguístico segue uma linearidade sonora. Dois sons só se realizam em sucessão. Esse fenômeno também ocorre nos significantes visuais, que só são escritos seguindo essa linearidade.

Partindo desse ponto, entramos na dicotomia Paradigma e Sintagma. Saussure acreditava que as relações entre elementos linguísticos dependiam basicamente de seleção e combinação entre eles.

Ainda falando no caráter linear dos significantes, cada signo é enunciado um após o outro, formando um alinhamento que distribui as relações e combinações entre dois elementos. Essa relação de combinação entre os signos é chamada sintagma, do grego syntagma, que quer dizer "coisa posta em ordem".

A segunda relação, baseada na seleção dos elementos combinados, é chamada paradigma.

Na frase "Eu moro com a minha mãe", essa sequência de palavras está no eixo sintagmático, enquanto a escolha do elemento mãe, por exemplo, está no paradigmático e poderia ser trocado por pai, ou irmão, dependendo apenas da minha escolha para compor essa frase.

Essas relações também são aplicadas em palavras, relacionando e selecionando os morfemas que as compõem.

Também vimos a última dicotomia de Saussure, a Língua e Fala, com base no Estruturalismo. A Língua, conjunto abstrato de signos linguísticos, é um produto social, coletivo e sistemático. Seu estudo não leva em consideração faixas etárias, classes econômicas ou outras peculiaridades individuais. Essas idiossincrasias fazem parte da fala, que é um produto assistemático e heterogêneo, que é o precursor das mudanças que ocorrem na língua.

(Andressa Brandão)

Resumo I: Introdução à Linguística

| 0 comentários
Nota da editora: Neste resumo, a Jéssica falou um pouco sobre nossa aula do dia 16/08 de Introdução aos estudos da Linguística. Aproveitem para estudos!

Na aula da semana retrasada, dia 16 de Agosto, vimos que a Linguística é uma ciência que busca descrever e analisar as línguas naturais e as suas naturezas em geral. 

É importante para um futuro linguista analisar o modo como as pessoas falam no cotidiano, levando em conta o seu meio de interação social, e a realidade que elas vivem. Desta maneira, ele cumpre o seu papel como pesquisador em descrever os fenômenos recorrentes da língua, e evita cair nos juízos de valores.

Um linguista norte-americano chamado John Lyons diz isso a respeito da descrição científica, que, basicamente, utiliza-se de observações objetivamente certificáveis dentro da estrutura de alguma teoria adequada aos dados em questão. 

Enquanto a Linguística teórica procura estudar como os falantes da língua conseguem se comunicar utilizando propriedades que todas as línguas têm em comum, como: a gramática (a estrutura das palavras), fonologia (os sons de uma língua), a fonética (os sons produzidos pelos falantes da língua), a morfologia (a formação das palavras), a sintaxe (regras de combinação das palavras) e a semântica (significado das palavras e sentenças). A Linguística Aplicada estuda os resultados práticos destas teorias.

A palavra ‘’Gramática’’ origina-se do termo grego gramma (proveniente do grafo = risco) que significa letra (isso na gramática normativa prescrita). E o vocábulo grammatica, em Latim, proveniente do grego grammatiké, significa: A arte de ler e escrever bem.

A primeira gramática, a hindu, nasceu por volta de 500 a.C, por um autor da gramática mais antiga do sânscrito, chamado Panini. Ele a criou como uma forma da língua sânscrita culta (a blasha) se defender da invasão dos falantes populares, chamados de prácritos; em um momento que a variedade linguística deveria ser valorizada e difundida. Assim, surgiu então, a gramática normativa, que é um conjunto de normas determinadas para o uso considerado "correto" da língua escrita e falada. 

Além disso, vimos que a Linguagem verbal é uma capacidade que foi atribuída apenas aos seres humanos, como uma das formas mais claras de se expressarem. Por isso, ela nos distancia dos outros seres vivos.

A Linguística moderna surgiu no final do século XIX e começo do século XX, com a publicação de uma obra chamada "Curso de Linguística Geral" de Fernand de Saussure, baseada nos estudos de um linguista suíço, os quais foram reunidos pelos seus alunos: Charles Bally e Albert Sechehaye.

Esta obra foi publicada num período em que as descobertas científicas estavam mudando a mentalidade da sociedade europeia da época. Desta forma, seus estudos foram considerados um marco no desenvolvimento da Linguística.

(Jéssica Vitória Fernandes Teixeira)